quinta-feira, 21 de junho de 2012

Eu não me permito 2




À alguns dias já me pego pensando nisso. Eu não me permito! não me permito muita coisa na minha vida.
Nem sei se pela ortografia e pela língua portuguesa isso seja errado ou certo, e pouco me interessa saber.
À dias, meses, penso em escrever algo, aqui, e sempre arrumo uma desculpa pra mim mesma não poder ser confidente de minhas próprias palavras, minhas próprias frases, próprias histórias, prórprias ilusões....
Isso seria medo? Cautela? Vergonha?
Não querer assumir o que pensa, o que sente, o que vive, ou o que não vive.
Ou apenas fingir que as coisas estão bem, ou as vezes esconder de si próprio o que aconteceu, ou o que ainda nem aconteceu.
 Isso tem um nome: covardia. Nome cruel, pra se assumir.
Não é fácil. Nunca foi, Nunca será. Se assumir os defeitos, tentar aceitar, tentar digerir, e com isso tentar mudar. E o que é pior, Tentar aceitar...
Mas o começo é tentar.... de alguma forma... não importa como seja....
Não entender o meu texto também é uma forma de não me permitir, o que eu queira que os outros entendam.... ou não.... para ficar subtendido mesmo....
Palavras ditas, citadas, faladas, no desabafo de uma noite só, de uma noite tranquila, das lágrimas derramadas da leitura de outros blogs...... Dessas mesmas lágrimas em que não me permito pertencerem  a mim... Para que o desabafo não seja apenas um desabafo e sim um texto não compreendido.
Palavras, lágrimas, tristezas, compreendidas somente por mim e ninguem mais.... Sempre... Sempre... Sempre....Sempre.... E que assim seja......